Definir o Tempo é algo
que nos roubaria muito tempo e definitivamente somos escravos dele. Ele dita
todas as regras dos nossos dias, das nossas semanas, das nossas vidas. E normalmente
ele parece estar contra nós, ou nós contra ele. Tudo o que queremos que dure
muito, em um simples piscar de olhos termina. Já situações desagradáveis
parecem durar uma eternidade. Cinco minutos de espera em uma fila parecem inadmissíveis.
Porém cinco minutos de uma despedida são como frações de segundo que se
consomem compulsivamente.
Mas o tempo também cura
muitas coisas. Ele nos fortalece, nos mostra o caminho certo, nos dá puxões de
orelha. Ele vem sorrateiro, de leve, e aos poucos vai nos empurrando na direção
certa. E nós, inconscientemente nos vamos deixando levar por ele. Que seja sempre
um “deixar levar” do bem, um “deixar levar” para a escolha mais acertada. O “deixar
levar” turbulento, numa maré de sentimentos só nos desloca para mais longe do
ideal, do verdadeiro, do que realmente vale a pena.
Dar tempo ao tempo é
praticamente uma redundância no mundo em que vivemos. O Tempo já nos consome e
dar mais tempo a ele parece uma forma de nos ausentarmos da nossa função no
presente, que é o viver o Agora. O tempo para escrever uma introdução já não é
mais o mesmo utilizado para escrever uma conclusão. E sem uma boa introdução, a
conclusão simplesmente deixa de fazer sentido, e para todo o desenrolar da
história, precisamos de tempos diferentes.
Temos que aprender
muito ainda sobre o tempo. O tempo de cada um, o tempo que cada um está
disposto a esperar, o tempo que vou gastar comigo mesmo, com você, enfim o
tempo!
Tempo de pensar, tempo
de agir, tempo de viver... aaahhh... o “tempo de viver” tão sonhado pelas
pessoas e que é deixado para o futuro sempre... numa promessa de que um dia
chegue. E quantas pessoas não chegam nunca a ter esse tempo. O tempo de viver
de verdade, de ser feliz, de aproveitar tudo que a vida tem para dar. Tudo no
seu tempo... tudo no meu tempo... tudo no nosso tempo, que é um tempo só! É o
agora. O tempo de agir, o tempo de poder, o tempo de ser... ele não está no
passado, esse tempo já foi... ele não está no futuro, esse tempo não existe
ainda. Ele é agora.
Que bom se tivéssemos um
Vira Tempo, para podermos voltar no tempo, reviver os momentos perfeitos. Poder
decidir a melhor forma de agir, com outros olhos. Com olhos de quem já viveu
esse tempo.
Eu, se tivesse um Vira
Tempo e pudesse voltar no tempo, hummmm... voltaria mais ou menos uns dois
anos, talvez um pouco mais, um pouco menos. E então, podendo ter a chance de
reviver tudo de uma forma diferente, do jeito considerado certo, pensando em
todas as consequências e pesando se vale a pena ou não, tenho certeza de uma
única coisa:
Faria tudo exatamente igual!
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