quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O tempo





Definir o Tempo é algo que nos roubaria muito tempo e definitivamente somos escravos dele. Ele dita todas as regras dos nossos dias, das nossas semanas, das nossas vidas. E normalmente ele parece estar contra nós, ou nós contra ele. Tudo o que queremos que dure muito, em um simples piscar de olhos termina. Já situações desagradáveis parecem durar uma eternidade. Cinco minutos de espera em uma fila parecem inadmissíveis. Porém cinco minutos de uma despedida são como frações de segundo que se consomem compulsivamente.

Mas o tempo também cura muitas coisas. Ele nos fortalece, nos mostra o caminho certo, nos dá puxões de orelha. Ele vem sorrateiro, de leve, e aos poucos vai nos empurrando na direção certa. E nós, inconscientemente nos vamos deixando levar por ele. Que seja sempre um “deixar levar” do bem, um “deixar levar” para a escolha mais acertada. O “deixar levar” turbulento, numa maré de sentimentos só nos desloca para mais longe do ideal, do verdadeiro, do que realmente vale a pena.


Dar tempo ao tempo é praticamente uma redundância no mundo em que vivemos. O Tempo já nos consome e dar mais tempo a ele parece uma forma de nos ausentarmos da nossa função no presente, que é o viver o Agora. O tempo para escrever uma introdução já não é mais o mesmo utilizado para escrever uma conclusão. E sem uma boa introdução, a conclusão simplesmente deixa de fazer sentido, e para todo o desenrolar da história, precisamos de tempos diferentes.


Temos que aprender muito ainda sobre o tempo. O tempo de cada um, o tempo que cada um está disposto a esperar, o tempo que vou gastar comigo mesmo, com você, enfim o tempo!

Tempo de pensar, tempo de agir, tempo de viver... aaahhh... o “tempo de viver” tão sonhado pelas pessoas e que é deixado para o futuro sempre... numa promessa de que um dia chegue. E quantas pessoas não chegam nunca a ter esse tempo. O tempo de viver de verdade, de ser feliz, de aproveitar tudo que a vida tem para dar. Tudo no seu tempo... tudo no meu tempo... tudo no nosso tempo, que é um tempo só! É o agora. O tempo de agir, o tempo de poder, o tempo de ser... ele não está no passado, esse tempo já foi... ele não está no futuro, esse tempo não existe ainda. Ele é agora.

Que bom se tivéssemos um Vira Tempo, para podermos voltar no tempo, reviver os momentos perfeitos. Poder decidir a melhor forma de agir, com outros olhos. Com olhos de quem já viveu esse tempo.



Eu, se tivesse um Vira Tempo e pudesse voltar no tempo, hummmm... voltaria mais ou menos uns dois anos, talvez um pouco mais, um pouco menos. E então, podendo ter a chance de reviver tudo de uma forma diferente, do jeito considerado certo, pensando em todas as consequências e pesando se vale a pena ou não, tenho certeza de uma única coisa: 
Faria tudo exatamente igual! 

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